A inspiração para a empreitada vem do samba. Em 1995, Bezerra da Silva, Moreira da Silva e Dicró se juntaram para apresentar o show “Os 3 Malandros In Concert”, fazendo paródia show dos três tenores Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. A performance virou um CD e, 16 anos depois, inspirou Emicida, Projota e Rashid. Reunidos, eles fizeram uma apresentação incrível no Estúdio Emme, em agosto do ano passado.
Os três MCs se conheceram em 2006, em batalhas de freestyle. No ano seguinte, eles formaram a Na Humilde Crew, na qual uniram forças pela primeira vez, antes de cada um seguir carreira solo. Emicida foi o primeiro a fazer sucesso na mídia, mas Projota e Rashid também conseguiram seu espaço e, hoje, todos estão entre os grandes rappers do país.
ESPERO QUE GOSTEM DO BLOG!
26 de mai. de 2012
Emicida é preso por desacato em Belo Horizonte
O rapper Emicida foi detido por desacato a autoridade na noite deste domingo após um show em Belo Horizonte. Antes de cantar sua nova música, “Dedo na ferida”, Emicida comandou a plateia a levantar "o dedo do meio para a polícia que desocupa as famílias mais humildes", fazendo menção a Ocupação Eliana Silva, também na capital mineira, de onde famílias sem-terra foram desalojadas no último dia 12.
"Levanta o seu dedo do meio para os políticos que não respeitam a população e vem com 'noiz' nessa aqui, ó", continua o rapper, "Mandando todos eles se fuder, certo, BH? A rua é 'noiz'.”
Logo após o show, por volta das 19h30m, Emicida foi levado pata a 36ª Delegacia Seccional de Barreiro, onde prestou depoimento. Por volta das 22h30 o rapper foi liberado e agradeceu o apoio dos fãs pelo Twitter.
"Acabo de ser liberado. Desacato de autoridade por cantar uma música. Obrigado pelo apoio, essa semana emitiremos uma nota", disse na rede social.
Paulo Miklos, vocalista dos Titãs, considera a prisão arbitrária e resultado da falta de preparo da polícia. Para ele, policiais não deveriam cuidar da segurança de shows, pois não são especializados nisso. Clique aqui e lembre outros casos de problemas entre artistas e policiais.
- A polícia não pode usar o poder para humilhar o cidadão que tem a palavra e está se manifestando. É um direito que o cidadão tem antes do artista - defende o músico - Ninguém incita a violência ou a revolta contra a polícia ou a instituição, mas sim (contra) o uso da força. Quem responde pelo abuso de autoridade de colocar gente despreparada para cuidar do show? - questiona.
Lançada no início de março, “Dedo da ferida” fala sobre comunidades e áreas pobres desocupadas ou vítimas de violência policial. Antes de começar a cantar, Emicida dedica a música “às vítimas do Moinho, Pinheirinho, Cracolândia, Rio dos Macacos, Alcântara e todas as quebradas devastadas pela ganância". O clipe pode ser visto neste link.
Segundo a PM de Minas Gerais, o músico incitou o público a fazer gestos obscenos para os agentes e também para políticos durante a música. Em nota oficial, Emicida afirma que no Boletim de Ocorrência os policiais colocaram uma frase diferente da que ele teria dito no palco.
Um vídeo com o rapper falando a frase acima pode ser visto neste link. Já a polícia teria alegado que ele disse: “Eu apoio a invasão do terreno Eliana Silva, região do Barreiro, tem que invadir mesmo, levantem o dedo do meio para cima, direcione aos policiais, pois todos esses tem que se f****”.
O rapper afirma que em “nenhum momento se dirigiu diretamente aos policiais militares que trabalhavam no evento ou pediu que o público fizesse algum gesto obsceno a eles” e garante que o show ocorreu sem nenhuma confusão. Por discordar do conteúdo do boletim de ocorrência, ele se recusou a assiná-lo. A íntegra do boletim, publicada no site de Emicida, pode ser lida abaixo:
“Senhor Delegado,
Nesta data, ocorreu um evento na Av. Afonso Vaz de Melo, próximo a PUC de Barreiro, conforme ordem de serviço nº 306812/41º BPM, acordado entre o comando e organização do evento, denominado “Palco Hip Hop”, onde vários artistas gênero se apresentaram, dentre os quais destacamos a participação do presente conduzido de codinome “Emicida”, este na abertura do seu show, proferiu os seguintes dizeres: “eu apoio a invasão do terreno “Eliana Silva”, região do Barreiro, tem que invadir mesmo, levantem o dedo do meio para cima, direcione aos policiais, pois todos esses tem que se fuder. Vale a pena lembrar que o público presente estava em grande quantidade e tais declarações objetivavam insuflar o público contra os policiais militares que estavam de serviço no evento, que colocou em risco a integridade física dos policiais militares e dos envolvidos no evento. Diante do exposto, esperamos que o cantor Emicida terminasse o seu show, oportunidade em que foi dado voz de prisão ao autor pelo crime de desacato, sendo garantido seus direitos constitucionais. Conduzimos o referido a delegacia regional de Barreiro para as providências que couber o fato. Ressalto que a testemunha Evandro Roque de Oliveira irmão do autor e o senhor Elcio Pacheco o advogado do conduzido.”
DEPOIS DIZEM QUE NESSE PAIS NÃO TEM PRECONCEITO...UM RAPPER NEGRO FOI PRESO POR CANTAR UMA MUSICA
"Levanta o seu dedo do meio para os políticos que não respeitam a população e vem com 'noiz' nessa aqui, ó", continua o rapper, "Mandando todos eles se fuder, certo, BH? A rua é 'noiz'.”
Logo após o show, por volta das 19h30m, Emicida foi levado pata a 36ª Delegacia Seccional de Barreiro, onde prestou depoimento. Por volta das 22h30 o rapper foi liberado e agradeceu o apoio dos fãs pelo Twitter.
"Acabo de ser liberado. Desacato de autoridade por cantar uma música. Obrigado pelo apoio, essa semana emitiremos uma nota", disse na rede social.
Paulo Miklos, vocalista dos Titãs, considera a prisão arbitrária e resultado da falta de preparo da polícia. Para ele, policiais não deveriam cuidar da segurança de shows, pois não são especializados nisso. Clique aqui e lembre outros casos de problemas entre artistas e policiais.
- A polícia não pode usar o poder para humilhar o cidadão que tem a palavra e está se manifestando. É um direito que o cidadão tem antes do artista - defende o músico - Ninguém incita a violência ou a revolta contra a polícia ou a instituição, mas sim (contra) o uso da força. Quem responde pelo abuso de autoridade de colocar gente despreparada para cuidar do show? - questiona.
Lançada no início de março, “Dedo da ferida” fala sobre comunidades e áreas pobres desocupadas ou vítimas de violência policial. Antes de começar a cantar, Emicida dedica a música “às vítimas do Moinho, Pinheirinho, Cracolândia, Rio dos Macacos, Alcântara e todas as quebradas devastadas pela ganância". O clipe pode ser visto neste link.
Segundo a PM de Minas Gerais, o músico incitou o público a fazer gestos obscenos para os agentes e também para políticos durante a música. Em nota oficial, Emicida afirma que no Boletim de Ocorrência os policiais colocaram uma frase diferente da que ele teria dito no palco.
Um vídeo com o rapper falando a frase acima pode ser visto neste link. Já a polícia teria alegado que ele disse: “Eu apoio a invasão do terreno Eliana Silva, região do Barreiro, tem que invadir mesmo, levantem o dedo do meio para cima, direcione aos policiais, pois todos esses tem que se f****”.
O rapper afirma que em “nenhum momento se dirigiu diretamente aos policiais militares que trabalhavam no evento ou pediu que o público fizesse algum gesto obsceno a eles” e garante que o show ocorreu sem nenhuma confusão. Por discordar do conteúdo do boletim de ocorrência, ele se recusou a assiná-lo. A íntegra do boletim, publicada no site de Emicida, pode ser lida abaixo:
“Senhor Delegado,
Nesta data, ocorreu um evento na Av. Afonso Vaz de Melo, próximo a PUC de Barreiro, conforme ordem de serviço nº 306812/41º BPM, acordado entre o comando e organização do evento, denominado “Palco Hip Hop”, onde vários artistas gênero se apresentaram, dentre os quais destacamos a participação do presente conduzido de codinome “Emicida”, este na abertura do seu show, proferiu os seguintes dizeres: “eu apoio a invasão do terreno “Eliana Silva”, região do Barreiro, tem que invadir mesmo, levantem o dedo do meio para cima, direcione aos policiais, pois todos esses tem que se fuder. Vale a pena lembrar que o público presente estava em grande quantidade e tais declarações objetivavam insuflar o público contra os policiais militares que estavam de serviço no evento, que colocou em risco a integridade física dos policiais militares e dos envolvidos no evento. Diante do exposto, esperamos que o cantor Emicida terminasse o seu show, oportunidade em que foi dado voz de prisão ao autor pelo crime de desacato, sendo garantido seus direitos constitucionais. Conduzimos o referido a delegacia regional de Barreiro para as providências que couber o fato. Ressalto que a testemunha Evandro Roque de Oliveira irmão do autor e o senhor Elcio Pacheco o advogado do conduzido.”
DEPOIS DIZEM QUE NESSE PAIS NÃO TEM PRECONCEITO...UM RAPPER NEGRO FOI PRESO POR CANTAR UMA MUSICA
Projota lança clipe da música ‘Desci a ladeira’
O rapper Projota lançou, nesta quarta-feira, o clipe da música “Desci a ladeira”, primeiro trecho divulgado oficialmente do DVD “Realizando Sonhos”, gravado no fim do ano passado em Curitiba. Produzido pela Pexera Produções, o vídeo mostra o público, de 4 mil pessoas, cantando as rimas do paulistano, pulando com as mãos para o alto e urrando depois de cada refrão, levantando faixas e cartazes.
- Tinha certeza de que o primeiro clipe do vídeo do DVD tinha que ser de uma música com mensagem forte, sobre nossas raízes, o momento que estou vivendo como artista - conta Projota, um dos principais MCs do Brasil na atualidade, com mais de 15 milhões de visualizações de seus vídeos no Youtube e cerca de 140 mil seguidores no
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/projota-lanca-clipe-da-musica-desci-ladeira-4306977#ixzz1w1XzgGZ2
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
- Tinha certeza de que o primeiro clipe do vídeo do DVD tinha que ser de uma música com mensagem forte, sobre nossas raízes, o momento que estou vivendo como artista - conta Projota, um dos principais MCs do Brasil na atualidade, com mais de 15 milhões de visualizações de seus vídeos no Youtube e cerca de 140 mil seguidores no
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Luan Santana é acusado de plágio
O tópico "#luansantanaPLAGIOUOPROJOTA" figurou entre os mais comentados do Twitter no Brasil nesta semana assim como o termo "NegaNovoHitLuanSantana", criado pelos defensores do sertanejo.
Projota chegou a se pronunciar diretamente sobre o assunto na rede social. Num tweet, ele escreveu "estamos entrando em contato com nossos advogados" e, no seguinte, "Não me pronuncio por aqui a respeito dessa parada que vocês já sabem qual é... Só digo uma coisa, TO PUTO e vamo correr atrás deesse bang". Mais tarde, o rapper apagou essas declarações e escreveu outros tweets, por volta das 16h: "Estou resolvendo essa semana uma parada da minha vida pessoal! E esse lance da internet aí é a maior merda! Me deixou bolado!"
A assessoria de imprensa de Luan Santana declarou que o cantor sertanejo não conhece o trabalho de Projota e que o fato da frase em questão ser igual à composta pelo rapper é mera coincidêndia.
Projota chegou a se pronunciar diretamente sobre o assunto na rede social. Num tweet, ele escreveu "estamos entrando em contato com nossos advogados" e, no seguinte, "Não me pronuncio por aqui a respeito dessa parada que vocês já sabem qual é... Só digo uma coisa, TO PUTO e vamo correr atrás deesse bang". Mais tarde, o rapper apagou essas declarações e escreveu outros tweets, por volta das 16h: "Estou resolvendo essa semana uma parada da minha vida pessoal! E esse lance da internet aí é a maior merda! Me deixou bolado!"
A assessoria de imprensa de Luan Santana declarou que o cantor sertanejo não conhece o trabalho de Projota e que o fato da frase em questão ser igual à composta pelo rapper é mera coincidêndia.
MC Rashid diz que quer ver um rapper no patamar de Ivete Sangalo
- Os mais velhos sempre frisaram a importância de se lutar pelo reconhecimento do rap. Por isso, fico satisfeito percebendo que a gente vem sendo colocado no mesmo nível de outros gêneros. Quero ver um rapper no patamar de Ivete Sangalo. Sei que isso vai acontecer. O hip hop está se tornando popular, sem perder o discurso - afirma o cantor, que se apresenta sábado (26) no América Futebol Clube, na Tijuca, e, domingo (27), na boate Danger, em Jacarepaguá.
Dono de um estilo próprio, Rashid lançou em 2010 o EP “Hora de acordar”. Em 2011, veio a mixtape “Dádiva e dívida”. O novo trabalho tem participações de artistas conhecidos da cena, como Ogi, em “Drama”, e Flora Matos, que canta o refrão de “Que assim seja”.
- Gosto de abordar vários assuntos no meu trabalho. O rap de hoje precisa de músicas para a pessoa ouvir quando está com ódio no coração, quando está feliz com os amigos ou quando está com raiva de político - diz Rashid.
Entre abril e maio, o músico esteve em turnê com os Três Temores. Ele ainda não sabe dizer quando vai rolar uma apresentação do trio no Rio, mas os músicos estão providenciando isso.
- O Rio é uma cidade importante para todos nós. Tem que rolar.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/mc-rashid-quero-ver-um-rapper-no-patamar-de-ivete-sangalo-4979332#ixzz1w1SwYkrr
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Dono de um estilo próprio, Rashid lançou em 2010 o EP “Hora de acordar”. Em 2011, veio a mixtape “Dádiva e dívida”. O novo trabalho tem participações de artistas conhecidos da cena, como Ogi, em “Drama”, e Flora Matos, que canta o refrão de “Que assim seja”.
- Gosto de abordar vários assuntos no meu trabalho. O rap de hoje precisa de músicas para a pessoa ouvir quando está com ódio no coração, quando está feliz com os amigos ou quando está com raiva de político - diz Rashid.
Entre abril e maio, o músico esteve em turnê com os Três Temores. Ele ainda não sabe dizer quando vai rolar uma apresentação do trio no Rio, mas os músicos estão providenciando isso.
- O Rio é uma cidade importante para todos nós. Tem que rolar.
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ConeCrew Entrevista
RIO - Bonés coloridos, camiseta largona com fotos de Dr. Dre, Tupac Shakur e outros rappers famosos, bermudões, tatuagens, dreads e tênis de skatista. Fanfarrões e cheios de histórias, os integrantes do Cone Crew Diretoria estavam quase todos no Circo Voador para uma entrevista, dias antes do show que o grupo faz, nesta sexta-feira, na lona da Lapa. Só quem não apareceu foi o MC Cert. O músico tem medo de avião e, naquela tarde de segunda-feira, ainda estava no ônibus voltando de uma miniturnê que o coletivo de rap mais estourado do Rio fez pelo Sul do país.
- A gente chegou ontem, mas o Cert se recusa a entrar num avião. Ele diz que voar é como uma loteria ao contrário. Que em vez de ganhar você morre. E ninguém tira essa ideia da cabeça dele - explica Papatinho, “cérebro” por trás dos beats do Cone, achando graça da tese do amigo.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/cone-crew-diretoria-leva-rap-debochado-ao-circo-voador-5018762#ixzz1w1KzKdIj
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
O maior problema é que a agenda repleta do grupo vem fazendo Cert quase morar na estrada. Nos próximos meses, ele vai de ônibus para Mato Grosso do Sul, Brasília, Espírito Santo e Nordeste. O Cone não para de viajar, e sua base de público cresce a cada dia. Já são mais de cem mil seguidores no Twitter e 250 mil fãs no Facebook. O clipe de “Chama os mulekes” estacionou no Top 10 da MTV e ultrapassou os 2,4 milhões de visualizações no YouTube. A apresentação de hoje vai ser a maior do coletivo no Rio.
- O maneiro de tocar no Circo é pensar que tudo começou aqui do lado. A gente se reunia toda quinta-feira, depois da Batalha do Conhecimento, na Fundição Progresso. A galera ficava rimando na rua até altas horas e voltava no 179 (Central-Recreio), trocando ideia e fazendo música - contou Papatinho, numa das poucas vezes em que não foi interrompido por uma piada.
Conseguir respostas sérias dessa galera é tarefa complicada. Papatinho e os MCs Maomé, Batoré, Rany Money e Ari fazem graça de tudo, deixando óbvio que o clima entre eles é o mesmo da época em que se conheceram, na pista de skate do condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca, há mais de dez anos - Batoré era o “terror das festinhas de 15 anos” junto com os amigos. As noites na Batalha do Conhecimento uniram os garotos em torno do rap, e o Cone Crew começou em 2006.
Desde os primeiros shows, o coletivo foi chamado várias vezes de novo Planet Hemp. As letras falam muito sobre maconha, e o cantor Marcelo D2 até participou do disco “Com os neurônios evoluindo”, estreia do Cone, em 2011. Mas o grupo não tem aquela militância pró-legalização do Planet. A maconha está nos versos do grupo assim como estão a Lapa, as festas, garotas, duras da PM e tudo o mais que faz parte do cotidiano dos integrantes.
- O Planet é uma referência forte, mas a gente não levanta bandeira com a música. Apenas falamos o que queremos, com sentimento e sem qualquer censura. Só a nossa própria autocrítica - explica Maomé, que já usou seu talento de rimador para vender balas em ônibus.
As músicas do Cone são repletas de versos politicamente incorretos. “Lá pa Lapa”, primeiro hit do grupo, critica a polícia e exalta a maconha enquanto descreve o cotidiano dos garotos na boemia carioca, sempre com a marra própria dos rappers. O estilo debochado também está por toda a parte em “Chama os mulekes”. Tudo isso forma a atitude do Cone Crew e, claro, já rendeu algumas dores de cabeça.
- Num show em Petrópolis, a organizadora avisou que não poderíamos falar de droga nem usar palavrão. Na hora, o Batoré respondeu: “Então a gente vai fazer mímica...” - recorda-se Papatinho. - O show acabou na primeira música.
As revistas policiais se tornaram rotina. Os integrantes do Cone estão fazendo um vídeo reunindo “as abordagens policiais dos mais diferentes estados". Semana passada, foram tirados de um avião pela Polícia Federal. O motivo?
- Estávamos longe um do outro e, para conversar, precisávamos gritar um pouco. Os passageiros se incomodaram e começou a confusão. Os policiais nos levaram para uma sala, mas, no final das contas, pediram até um boné do Cone - conta Batoré.
A espontaneidade sem freio conquistou o público que estará no Circo Voador hoje, quando o Cone recebe convidados como a banda Start, de Stephan Peixoto (filho de D2), e Gil Metralha. A diretoria da lona prevê lotação máxima. Até ontem, metade dos ingressos já tinha sido vendida, e havia mais de três mil confirmações no Facebook. O Cone está na moda, e até virou alvo de críticas dos puristas do hip-hop, para quem o rap deve permanecer no underground.
- Underground é a minhoca, filho - debocha o MC Ari. - Mas vamos ao que interessa... Você vai botar a minha caroça no jornal?
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/cone-crew-diretoria-leva-rap-debochado-ao-circo-voador-5018762#ixzz1w1L6omoD
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- A gente chegou ontem, mas o Cert se recusa a entrar num avião. Ele diz que voar é como uma loteria ao contrário. Que em vez de ganhar você morre. E ninguém tira essa ideia da cabeça dele - explica Papatinho, “cérebro” por trás dos beats do Cone, achando graça da tese do amigo.
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O maior problema é que a agenda repleta do grupo vem fazendo Cert quase morar na estrada. Nos próximos meses, ele vai de ônibus para Mato Grosso do Sul, Brasília, Espírito Santo e Nordeste. O Cone não para de viajar, e sua base de público cresce a cada dia. Já são mais de cem mil seguidores no Twitter e 250 mil fãs no Facebook. O clipe de “Chama os mulekes” estacionou no Top 10 da MTV e ultrapassou os 2,4 milhões de visualizações no YouTube. A apresentação de hoje vai ser a maior do coletivo no Rio.
- O maneiro de tocar no Circo é pensar que tudo começou aqui do lado. A gente se reunia toda quinta-feira, depois da Batalha do Conhecimento, na Fundição Progresso. A galera ficava rimando na rua até altas horas e voltava no 179 (Central-Recreio), trocando ideia e fazendo música - contou Papatinho, numa das poucas vezes em que não foi interrompido por uma piada.
Conseguir respostas sérias dessa galera é tarefa complicada. Papatinho e os MCs Maomé, Batoré, Rany Money e Ari fazem graça de tudo, deixando óbvio que o clima entre eles é o mesmo da época em que se conheceram, na pista de skate do condomínio Novo Leblon, na Barra da Tijuca, há mais de dez anos - Batoré era o “terror das festinhas de 15 anos” junto com os amigos. As noites na Batalha do Conhecimento uniram os garotos em torno do rap, e o Cone Crew começou em 2006.
Desde os primeiros shows, o coletivo foi chamado várias vezes de novo Planet Hemp. As letras falam muito sobre maconha, e o cantor Marcelo D2 até participou do disco “Com os neurônios evoluindo”, estreia do Cone, em 2011. Mas o grupo não tem aquela militância pró-legalização do Planet. A maconha está nos versos do grupo assim como estão a Lapa, as festas, garotas, duras da PM e tudo o mais que faz parte do cotidiano dos integrantes.
- O Planet é uma referência forte, mas a gente não levanta bandeira com a música. Apenas falamos o que queremos, com sentimento e sem qualquer censura. Só a nossa própria autocrítica - explica Maomé, que já usou seu talento de rimador para vender balas em ônibus.
As músicas do Cone são repletas de versos politicamente incorretos. “Lá pa Lapa”, primeiro hit do grupo, critica a polícia e exalta a maconha enquanto descreve o cotidiano dos garotos na boemia carioca, sempre com a marra própria dos rappers. O estilo debochado também está por toda a parte em “Chama os mulekes”. Tudo isso forma a atitude do Cone Crew e, claro, já rendeu algumas dores de cabeça.
- Num show em Petrópolis, a organizadora avisou que não poderíamos falar de droga nem usar palavrão. Na hora, o Batoré respondeu: “Então a gente vai fazer mímica...” - recorda-se Papatinho. - O show acabou na primeira música.
As revistas policiais se tornaram rotina. Os integrantes do Cone estão fazendo um vídeo reunindo “as abordagens policiais dos mais diferentes estados". Semana passada, foram tirados de um avião pela Polícia Federal. O motivo?
- Estávamos longe um do outro e, para conversar, precisávamos gritar um pouco. Os passageiros se incomodaram e começou a confusão. Os policiais nos levaram para uma sala, mas, no final das contas, pediram até um boné do Cone - conta Batoré.
A espontaneidade sem freio conquistou o público que estará no Circo Voador hoje, quando o Cone recebe convidados como a banda Start, de Stephan Peixoto (filho de D2), e Gil Metralha. A diretoria da lona prevê lotação máxima. Até ontem, metade dos ingressos já tinha sido vendida, e havia mais de três mil confirmações no Facebook. O Cone está na moda, e até virou alvo de críticas dos puristas do hip-hop, para quem o rap deve permanecer no underground.
- Underground é a minhoca, filho - debocha o MC Ari. - Mas vamos ao que interessa... Você vai botar a minha caroça no jornal?
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